_INTERPRETAÇÃO + PRODUÇÃO dança-teatro
TUP Teatro Universitário do Porto | 2015 Direcção de Joana Providência e Joana Castro teatrouniversitariodoporto.net/tudo_esta_morto_enquanto_vive Espectáculo integrado no FITEI - Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica Arrojado e boémio, Egon Schiele é uma figura de destaque do Expressionismo alemão. Os seus desenhos de corpos expressam erotismo através de figuras grotescas e linhas agressivas: corpos torcidos, deformados, desafiando as noções convencionais de beleza. Em muitos dos seus trabalhos, Schiele utilizava ângulos vistos de cima, onde os corpos, desprovidos de segundo plano, ganhavam protagonismo, como se de presas se tratassem. Por vezes usava motivos tradicionais, dando às suas imagens mais pessoais um significado alegórico que nos remete para a condição humana. "A arte não pode ser moderna. A arte é primordialmente eterna". Tudo está morto enquanto vive - célebre frase de Egon Schiele - é o título deste projecto, que tem este universo não como ponto de chegada, mas sim como ponto de partida. Pretendemos colocar estes corpos a nu, deixando-os moldarem-se pelos movimentos, posturas e sensações presentes nos quadros, questionando as suas potencialidades enquanto suporte de uma expressividade. Interessa-nos levá-los para um novo lugar, onde num único e imenso corpo, as linhas ganham formas, e as formas novos sentidos e interpretações. Trabalhamos segredos, construímos partituras coreográficas, e potenciamos relações de corpos que nos falam numa língua muda mas cheia de palavras interiores. Este projecto é uma colaboração de Joana Providência e Joana Castro, onde duas maneiras de pensar e fazer dança se cruzam e encontram um novo olhar. [fotos de Paulo Pimenta] |